Refracções: Mar...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mar...

No silêncio
da noite escura,
fecho os olhos
e ouço o mar...

Ouço as suas águas vítreas,
de um rebordo esbranquiçado,
arrastando pedrinhas e réstias de conchas
ligeiro na sua passagem.

Pressinto a areia molhada
recortada em ondas desiguais,
macia e purosa,
doce ao tacto.

Talvez seja o silvo
de uma praia infinita,
em constante mutação...

Talvez alguma voz incompreendida
gritando para ser ouvida...

Talvez...

Ouço-a,
Ouço-a todas as noites...



Há tanto mistério resolvido pela ciência, que, para lá de toda a descritiva clarificação, se conserva desconhecido.

Pequenos pedaços de realidade, que ultrapassam o conhecimento esquadrinhado e medido, e se encerram na escuridão.

Terreno de visões e de loucuras, perigoso para gente normal, onde cada passo é incerto e perigoso.

Lá estão tesouros que só a alma pode contemplar.

2 comentários:

Frankie disse...

Um dia hei-de dar-te uma concha... daquelas conchas grandes onde podemos ouvir o mar, se as encostarmos ao ouvido...

Um beijo meu querido.
Já tinha saudades das tuas palavras. Belas.

Jeust disse...

Dá-me... :) e eu da tua companhia aqui...

E podem ser belas as minhas palavras, mas são apenas um relance das minhas vivências...

beijinho grande e doce ;)