Refracções: Prenúncio de Morte

terça-feira, 6 de abril de 2010

Prenúncio de Morte

A agitação...
A insubmissão ao futuro,
a rebeldia perante o rumor
próximo e expectante.

O cansaço...
Os membros exaustos,
o corpo aquietando,
preparando o desfecho.

A aceitação.
A consciência viva,
o medo que se esvai,
a calma que perspassa.

Apenas mais uma partida
na alma eternamente viajante.


No tempo do medo, da confusão e da ignorância, onde uns fogem da morte, outros a chamam, e alguns esperam a sua chegada, convém pensá-la, para não viver na sua sombra.

Muitas teorias a explicam e a descrevem, mas nenhum ser vivo a experimentou, embora alguns tenham já subido ao seu pórtico, e a ouvido, mas poucos são o que o dizem.

A morte, tal como o nascimento, ocorre a todos os seres que vivem, e a sua inevitável chegada é tão natural como o vento, que se escapa por qualquer fenda e anuncia a mudança de estação.

Jeust

1 comentário:

Frankie disse...

Gosto muito (mas mesmo muito) disto: "a sua inevitável chegada é tão natural como o vento, que se escapa por qualquer fenda e anuncia a mudança de estação."

Beijinho*