Uma,
outra
e outra.
Nascem sentidas,
escorrem pela face
e caem desarmadas
no chão.
Pequenas,
insignificantes
e dolorosas,
como as penas que carregam.
Cada sentimento
em água bordejado
conta a sua desdita.
As aventuras
e desventuras
do resto que sobreviveu.
São lágrimas...
gotículas de água
deslizando a contragosto
pela face de quem sofre
a sua mágoa incontida.
Por um motivo ou por outro, toda a gente chora, toda a gente sofre.
Pelo mais altruísta dos motivos, ou pelo mais egoista dos sentidos.
Mas a lágrima aflora, escorre e cai no mesmo solo nu e desarmado.
Uma após outra... e outra... e outra...
Até o cansaço se apoderar, o fluxo secar e os olhos se fecharem.
Ou até o coração bater mais forte, e a tristeza ser atirada para trás do capote.
Mas... apesar de toda a variação, há uma constante...
A lágrima que cai.
Jeust
quinta-feira, 14 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Mar...
No silêncio
da noite escura,
fecho os olhos
e ouço o mar...
Ouço as suas águas vítreas,
de um rebordo esbranquiçado,
arrastando pedrinhas e réstias de conchas
ligeiro na sua passagem.
Pressinto a areia molhada
recortada em ondas desiguais,
macia e purosa,
doce ao tacto.
Talvez seja o silvo
de uma praia infinita,
em constante mutação...
Talvez alguma voz incompreendida
gritando para ser ouvida...
Talvez...
Ouço-a,
Ouço-a todas as noites...
Há tanto mistério resolvido pela ciência, que, para lá de toda a descritiva clarificação, se conserva desconhecido.
Pequenos pedaços de realidade, que ultrapassam o conhecimento esquadrinhado e medido, e se encerram na escuridão.
Terreno de visões e de loucuras, perigoso para gente normal, onde cada passo é incerto e perigoso.
Lá estão tesouros que só a alma pode contemplar.
da noite escura,
fecho os olhos
e ouço o mar...
Ouço as suas águas vítreas,
de um rebordo esbranquiçado,
arrastando pedrinhas e réstias de conchas
ligeiro na sua passagem.
Pressinto a areia molhada
recortada em ondas desiguais,
macia e purosa,
doce ao tacto.
Talvez seja o silvo
de uma praia infinita,
em constante mutação...
Talvez alguma voz incompreendida
gritando para ser ouvida...
Talvez...
Ouço-a,
Ouço-a todas as noites...
Há tanto mistério resolvido pela ciência, que, para lá de toda a descritiva clarificação, se conserva desconhecido.
Pequenos pedaços de realidade, que ultrapassam o conhecimento esquadrinhado e medido, e se encerram na escuridão.
Terreno de visões e de loucuras, perigoso para gente normal, onde cada passo é incerto e perigoso.
Lá estão tesouros que só a alma pode contemplar.
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